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Mostrando postagens de 2018

QUANTA INOCÊNCIA!

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Divulgação. Quanta inocência!  A condenação do ex-presidente Lula veio com um misto de esperança e decepção e me fez relembrar sua trajetória desde que chegou à presidência. Botei tudo na balança da moralidade e da ética e cheguei à conclusão de que infelizmente vivemos um retrocesso. Na campanha presidencial de 2002 enxerguei a justiça social caminhando por um horizonte promissor e real. Foi um momento em que o povo se sentiu mais parte deste país, tendo enfim um presidente metalúrgico, um legítimo representante das minorias. Logo criou o programa “Fome Zero”, em 2003, na tentativa de erradicar a fome. A iniciativa, uma substituição ao programa “Comunidade solidária”, coordenado pela ex- primeira dama e saudosa D. Ruth Cardoso garantiu ainda mais seu eleitorado. Lula mostrou astúcia e incorporou o “Fome Zero” ao famigerado programa “Bolsa família”, que agregou o “Bolsa escola”, criado em 2001, e ampliou-o, com o pagamento de mensalidades à população de baixa re...

UM JEITO LIVRE DE EXPRESSAR

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André Miguel Texto publicado originalmente no jornal panorâmico em 2011. Ouvir música é um exercício, um passa tempo, é dançar e apreciar. A prendi cedo que canções despertam a memória, reativam principalmente as boas lembranças. Quando a sonoridade entra em conformidade com a letra, cria-se uma atmosfera factual que registra um mero momento, como se a música fosse a responsável pela arte final ao dar identidade e forma à lembrança em questão. A canção torna-se a chave da porta nostálgica. Os grandes filmes não seriam os mesmos sem as trilhas sonoras do cinema. Enfim, tem música para todos os gostos. Entre os gêneros musicais, o black music sempre me chamou a atenção pela sinceridade. É música feita com alma e protesto, devido às históricas injustiças cometidas contra a população negra. Contém elementos de lutas raciais e políticas, como o conteúdo do incrível What’s Going Gon (1971) , de Marvin Gaye, considerado pela crítica especializada, um do...

A trajetória de um capitão

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Foto: Moysés Tomazoli André Miguel Entrevista originalmente publicada na revista "You Mag" em 2010 Foto: Moysés Tomazoli e divulgação. A história do futebol brasileiro seria outra se o goleiro Zoff da seleção italiana não tivesse defendido um cabeceio certeiro no finzinho da partida que decretou a desclassificação do Brasil na Copa de 82, na Espanha, quando o placar anunciava 3 a 2 para a Itália, com os brasileiros precisando apenas de um empate. O franco favoritismo da seleção canarinho, dirigida pelo técnico Telê Santana, caía ali.            O autor do lance? José Oscar Bernardi, nascido e criado em Monte Sião – MG, zagueiro daquela seleção, considerada até hoje, como uma das melhores já vistas na história do esporte mais amado do planeta. Vinte e sete anos após a derrota, Oscar, que chegou a vestir a braçadeira de capitão daquele time, ainda recebe correspondências contendo fotos e reportagens veiculadas pel...

Lições do Futebol

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André Miguel T exto originalmente publicado na revista "You Mag" em 2010. Grande parte dos garotos brasileiros sonha um dia em se tornar jogadores de futebol. Escolha que exige talento, sorte, perseverança, personalidade, entre outros atributos necessários para o alcance da dimensão de tal êxito. Um sonho difícil, mas não impossível. Cafú, o capitão do penta, por exemplo, foi reprovado por várias vezes em peneiras de diversos clubes antes de se tornar o jogador que mais vezes vestiu a amarelinha. A sensação de derrota é algo inevitável para quem fica no meio do caminho; esbarra nas dificuldades naturais da caminhada que pode acabar cedo. Talvez este seja o momento da primeira grande frustração de quem está apenas começando a viver, contudo, o que se aprende nessa fase pode ser essencial para o resto da vida. Amizades são construídas em campinhos improvisados de terra, nas quadras esportivas, nos estádios municipais, nas escolinhas de futebol ou até mesmo na...